Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
(Caetano)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Quefazeres

Fardo desmedido.
Carga desvalida.
Suor à base de açoite,
aquemeneres:
Ande.
Mais rápido.
Nesse instante, ignaro.
Tudo é mandatório,
nada é prioritário.

Nessa desordem, emporisso,
caço o mínimo:
coordenar os pensamentos
para gozar de tudo um pouco,
uma vez que a vida e uma,
mas, ser vivida, para nem tantos.

Rebelar-me?
Careço de pão.
Conformar-me?
Perco o chão.
Arrepelar-me?
Não, não, não.

Oh, rebuliço!
Há outra saída
que não seja abdicar
dessa tão querida e ambígua lida,
visto que também é bandida?

Não admito a submissão
como prenúncio de transformação.
Nascemos para a liberdade.

Omissos, demissos, permissos...
São como crissos:
produtores de húmus para os crassos
chacinarem todas as rosas
e,enfim,
apresarem a primavera inteira.

Pensemos, pois, nisso?

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Isabela Resende