Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
(Caetano)

sábado, 5 de abril de 2014

Quem disse que ser autêntico é fácil simplificou demais o processo


Seria tão bom se colocar a alma para falar fosse tão simples quanto respirar... É um universo tão vasto, rico em mistérios, poesias, vontades, livros maravilhosos... Mas o constante reflexo de bloquear esse baú de segredos cansa o corpo, trava a mente, faz falhar o coração, e a única alternativa que parece haver é sair da carcaça para usufruir plenamente desse recinto.

Quem disse que ser autêntico é fácil simplificou demais o processo e tratou a complexidade como sendo tão simples quanto falar.

Da janela, olho um lindo dia me convidando a raiar junto com o sol, mas o corpo, a mente e o coração, cansados, aniquilam a ação.

A infância traz saudade porque a alma pode guiar as ações sem medo; na vida adulta, a alma cala, torna-se vadia e dissimulada.


Fecha um ciclo na vida de Zazá


Vocês não imaginam a saudade que Zazá vai sentir do cantinho que lhe proporcionou tantas coisas necessárias, que só ela pode compreender! A menina retornará ao começo, aonde foi possível conquistar bagagem para chegar ao fim de onde sairá hoje. Mas voltará com histórias novas, repletas de magias e sonhos jovens para compartilhar com pessoas especiais que, embora muito presentes em sua vida desde que se entende por gente, foram obrigadas a se ausentar para que ela tivesse um merecido tempo de pensar. 

Agora, também terá um bom cantinho para ficar, mas diferente: alternado com piques de meninos e meninas transitando pela casa; comidinhas da mamãe; papos com verdadeiros amigos e (tão esperados) reencontros com a paz! Afinal, ela também acredita: “a felicidade só é real quando compartilhada”. Por seguir sempre à risca suas crenças, não permitirá, pois, que seja diferente desta vez.

Ela é mesmo danadinha.


Como todo aquele que sai para se aventurar a realizar coisas na vida, a menina voltará para a casa onde passou todas as suas décadas, a fim de se reinventar e colaborar com sonhos alheios, aprimorando os seus (está tudo certo. É sempre assim que as coisas mais importantes são finalizadas na vida das heroínas. Em uma semana se recuperaram).

Volta triste, pelo apego às coisas boas que viveu lá, mas feliz, pela oportunidade mais linda que a vida pode dar a alguém que ousa ousar: aprender a reaprender para se tornar ainda melhor.

Abraça sua antiga casinha como a uma criança doce, mandando lembranças às recordações, e segue em frente, pois ela não é de estagnar.

Mandou beijo a todos e se foi, olhando adiante, sempre adiante!

Foi ser feliz!

(Ela voltará para me contar, e vocês saberão se houve sucesso ou não) ;)