Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
(Caetano)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Prisão mental


Quanto mais Zazá mergulha em seus pensamentos, mais sente que precisa adentrar com tudo nesta empreitada dolorosa feita de sentimentos que imperam, minando a razão, migrando-a para um vazio tão grande que se sente incapaz de sair dele. Chega a pensar que a saída não existe, e que tudo o que construiu foi a partir de escolhas que não eram suas essencialmente, mas de uma parte de si que abomina a essência e os reais desejos que lhe imperam na alma.

Por quê? A resposta não é simples nem definitiva, mas perpassa pela abominação de um eu puro e de uma biografia, para ela, irrelevante. Um ego absurdo que, de fato, adoece-a e prende em um abismo profundo e sem perspectivas.

Que Deus proveja mudanças e retornos misteres sem dor, pois prefere a morte a ter de pagar o preço.

E quem não prefere?

Quanta prepotência sua imaginar que Deus está somente ao seu lado...

Sua arrogância fede longe.