Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
(Caetano)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Perder alguém


Posso sentir pesar sobre mim a dor do outro; porém, jamais sentirei como ele.

Eu posso disponibilizar palavras, abraços, um ombro amigo para aconchegar um pouco o coração aflito, mas a dor não é, e nunca será, minha. 

Realmente, o que consigo sentir é o desejo de não precisar sentir dor semelhante, pois a dimensão inimaginável dela é algo que amedronta, repele.

Diante da perda,  não há nada suficientemente bom para confortar aquele que perdeu; apenas o tempo, paradoxal gigante que devora a vida.

Encarar a morte poderia ser muito mais fácil se fôssemos educados para entendê-la como a parte mais natural da vida. 

Realidade é: tratando- se de alguém insubstituível, de nada adiantaria. 

Isabela Resende

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Isabela Resende