Quanto mais Zazá mergulha em seus
pensamentos, mais sente que precisa adentrar com tudo nesta empreitada dolorosa
feita de sentimentos que imperam, minando a razão, migrando-a para um vazio tão
grande que se sente incapaz de sair dele. Chega a pensar que a saída não existe,
e que tudo o que construiu foi a partir de escolhas que não eram suas essencialmente,
mas de uma parte de si que abomina a essência e os reais desejos que lhe
imperam na alma.
Por quê? A resposta não é simples
nem definitiva, mas perpassa pela abominação de um eu puro e de uma biografia,
para ela, irrelevante. Um ego absurdo que, de fato, adoece-a e prende em um
abismo profundo e sem perspectivas.
Que Deus proveja mudanças e
retornos misteres sem dor, pois prefere a morte a ter de pagar o preço.
E quem não prefere?
Quanta prepotência sua
imaginar que Deus está somente ao seu lado...
Sua arrogância fede longe.