Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
(Caetano)

domingo, 1 de dezembro de 2013

A saga de Zazá


Porque Zazá estava feliz, queria somar e multiplicar o sentimento antes de dividi-lo, para dar certinho para todo mundo que merecesse. Mas, como não surgiu ninguém, o que era para ser bom perdeu a validade: transformou-se em solidão por não ter sido compartilhado no momento certo; foi-se apagando, fincando cinza, preto, pretinho, virou pó.

Na verdade, ela era toda coração (este que vos fala), mas descobriu que tudo demais sobra, e o que sobra deixa de ter o efeito visado. Não soube dar a volta por cima e se enterrou para dosar o exagero.

Nas profundezas, aprendeu que as oportunidades têm prazo de validade, assim como a beleza, a pureza e algumas amizades. Então, decidiu viver cada momento como se deve: sem preocupação com qualquer coisa que dependa do futuro.

Confesso que estou otimista com a saga de Zazá, pois, embora seja medrosa e indecisa, ela é ousada e perseverante. Apenas EU sei ler cada cantinho dela e compreendo, pois, que potencial não lhe falta para o sucesso. Esforçar-me-ei para mostrar este lado que ela desconhece. Contudo, teimosia lhe sobra e é o que me impede de dar garantias.

É esperar para ver!