Não pedimos para as pessoas entrarem
em nossas vidas; elas simplesmente adentram, rasgando tudo, sem pedir licença, e, quando percebemos, estão morando dentro de nós. É como invadir um latifúndio, por necessidade ou não. O problema é quando criam raízes e, do nada, decidem
fugir. Como colocar a viola no saco e evadir de si mesmo para não conviver com
a falta de alguém que nos cativou? “Tu te tornas eternamente responsável pelo
que cativas”, lembra?
Não. Nesta hora, ninguém se recorda!
É cada um por si; é a chata da vida querendo nos ensinar, como um professor
tentando ser mais claro para o aluno que não conseguiu assimilar o conteúdo. A
diferença é que, neste caso, TODOS os aprendizes têm déficit de atenção.
Errar pode ajudar a lapidar os
sentidos: falar menos, ouvir mais; tocar menos ou mais; observar, respirar mais. É,
portanto, a grande chave para aguçar a
intuição, deusa interior que indica caminhos certos e poupa desgastes. O
difícil é ter a inteligência necessária para nos transformarmos positivamente
com os erros! Neste caso, adianta pouco um QI elevado; o que conta, de fato, é saber lidar com as emoções e as boas lembranças.