Fui traída por um vilão
Que não se chama coração
Seu nome tem maior dimensão:
Amigo doce, irmão.
Irmãos são sangue perdido
Que os pais acreditaram que não.
Porém, o que fazer?
É um legado de muitos entes.
Diferenças visíveis e invisíveis
Reinarão eternamente,
Pois aquele que ama um mesmo ser
Tende a ter o ciúme presente.
Não culpo a minha geração
E nem a de meu irmão.
Se Caim matou Abel,
Comigo há de ser diferente?
Não.
O arrependimento pode ser um álibi
Para o perdão sair pela boca.
Contudo, esquecer é extenuar
O que antes fora tortura,
E isso não é para gente imatura.
Melhorar-se a cada dia é ordem
Para aqueles que almejam a sorte
De ter o seu nome escrito
Nas entrelinhas da vida e da morte.
Isabela Resende
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
(Caetano)
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Mulher
Labirinto de emoções,
Íntimo de ilusões,
Bem e mal de muitos corações,
Recinto pleno de seduções.
Cuidado é seu sinônimo,
Amor, teu nome eterno;
Teu riso a tudo encanta;
Tuas mãos pureza emanam.
Zelo, ternura, aconchego,
Teu peito deleita sossego;
Teus afagos depuram o mal;
Teu cheiro agracia o que é real.
Sou mulher e assim serei
Por muitas encarnações.
O ser que é diferente
Jamais provará sublime presente!
Isabela Resende
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